sábado, 22 de novembro de 2008

A chegada do Chief Sustantability Officer - Africa and Middle East

Al Saad é mais uma daquelas pessoas sujas que hoje já não guarda qualquer valor para a corporação, mas como é dono de um grande acervo de calhordagem da empresa durantes seu 35 anos de casa, além de ter um certo lobby com um monte de líderes africanos e sheiks, foi necessário criar um cargo para essa figura incompetente e pilantra. Eis: CHIEF SUSTENTABILITY OFFICE reportando diretamente para o CEO. E o que ele reporta???? Porra nenhuma!!! No máximo, as sacanagens que estão acontecendo nos governos e algumas sujeiras corporativas que todo mundo sabe.

O latin-America inter world relationship manager, o Barbosa, decidiu que era hora de convidá-lo para uma série de apresentações e comitês visando apresentar a sede, além de agendar uma reunião com os VP´s brasileiros. O Barbosa - que não passa de secretária de luxo da presidência (na cadeia, ele seria o mesmo que a barbie da malandragem) - conseguiu!!! Vocês acham que o calhorda pilantra iria deixar de vir ao Brasil para um show da patifaria corporativa descendo aos mais baixos níveis de hipocrisia, com uma série infindável de blá-blá-blá dos mais picaretas??? Jamais!!! Imagina sequer uma conversa do CSO com o Barbosa. É a “putaria” corporativa instalada.

Alias, um tema bastante convidativo para os próximos capítulos é o Barbosa. Esse é aquele tipo que virou world relationship manager babando ovo para todo mundo. Puxa saco safado: 10 anos babando ovo para diretores e presidentes. Como guarda uma profunda incompetência para tudo que não seja a pagação de pau, não poderia exercer mais do que esse cargo. O que já é demais para este boçal.

Mas como diria uma boa endomarketing co-assistant, “não vamos perder o foco”...
Vem para o Brasil daqui duas semanas o CSO africano. Ou melhor, de Dubai: africano não pega bem no glamour “mortadelonico” corporativo. E se ele é CSO África e Oriente médio, é melhor chamâ-lo de Al Saad do que de Fernangobo... O problema é que o povinho da empresa está esperando um sheik, mas o que vai chegar mesmo é um baita de um negão.

Sem problemas: o importante é que o mercado de fofoca do pregão das baias de departamento está alavancado. Nos corredores estão dizendo até que o Rei saudita estaria vindo. As empresas são reproduções com glamour do mundo dos programas de fofoca na TV, os quais curiosamente ocorrem no mesmo horário em que as baias estão pegando fogo em insinuações, comentários, mentiras, venenos e outros. No mundo sujo dos cubículos corporativos, quem conta um conto, alavanca 4 pontos, seja no corredor, no café, no almoço, com o colega ao lado e etc.

As corporações são grandes encenações, novelas, mas isto não poder estar transparecido. O grande evento do Barbosa é a “vinda do sheik”; Porém seria necessário criar um cenário, um motivo, um contexto. Então, eis que aparece naqueles mesmos murais onde estão descritos os valores e a missão da empresa, o anúncio do “1st round of company world business sustentability – Brazil”. O mais hipócrita disso tudo é o anúncio da chegada desta escória vergonhosa ao lado do quadro de valores de uma empresa centenária que fatura bilhões e emprega centena de milhares!!!

No mínimo, sarcástico!

Já é do conhecimento de todos que este Deus do momento está descendo no Brasil. O que resta saber é a agenda corporativa do Sr. Al Saad, a qual será anunciada em um daqueles e-mails do departamento de comunicação ou RH, sobre o título de “scheduling – 1st round of company world business sustentability”... Esse Barbosa é mesmo um comediante de primeira! Um fanfarrão!

Comitês, reuniões, além de que todas as manhãs haverá café com cada departamento. No último dia, almoço especial em alguma churrascaria. Todo mundo irá.


CHEGOU O NEGÃO

Com certeza veio de 1ª classe, com direito a limousine de translado e uma tradutora gostosa do lado. Enquanto isso, na sala da injustiça, aquele estagiário super inteligente e com um CV 10 x melhor que o do Barbosa está sendo dispensado por causa do corte no orçamento do ano que vem.
Mas como já advertiu a co-assistant, não vamos perder o foco.

É muito engraçado como as coisas acontecem após os primeiros dias. No primeiro, houve uma apresentação formal à média e alta gerência. Entre eles, o financial co-supervisor, aquele seu chefinho do episódio do almoço e o supervisor, aquela agradável presença com quem você foi almoçar.

Mentalize esta cena e verás um cenário bastante conhecido: você e todos os outros escravos sentados, cada um em seu cubículo, correndo a 1000 km/h nas planilhas para entregarem aquele relatório às 10h e os dois artistas contracenando uma peça teatral em meio a gargalhadas e bla-bla-bla no meio do departamento, conversando sobre o encontro de ontem com o Fernambogo. Na verdade, o que houve ontem de fato, foi uma apresentação formal na qual cada um falou 1 minuto sobre o que faz. O Fernambogo nem olhou para cara deles... Mas agora eles discorrem sobre o episódio em alto e bom tom no meio do departamento como se já fossem amigos íntimos do sheik negão. Em meio àquela conversa barulhenta, o co-supervisor interrompe sua descontraída conversa com o supervisor para te advertir que restam 10 minutos para entregar o relatório. Ser gozado desta forma é um arranhão à honra de qualquer pessoa honrada. Mas quem disse que existe honra em empresa?

O comportamento dos diversos escravos é bastante distinto: uns suspeitam, outros acreditam, algumas estagiárias adoram e veneram, aquela analista sênior mulher- madura-e-solteira-de-35 anos vai perguntar indiretamente e simpaticamente para o co-supervisor se o escória é um “partidão”. Certamente ele fará uma piada corporativa, citando que provavelmente ele deve ter um grande e grosso segredo. A piada é extremamente sem-graça, mas quem não riu está ferrado, afinal, no mundo corporativo, quanto maior o nível hierárquico, mais engraçado é! (É quase mandamento não rir de piadas de estagiários).

O café da manhã com seu departamento foi uma diversão. A baixaria do show business. Alguns escravos treinaram sua apresentação em inglês de 30 segundos durante toda semana. Algumas escravas se perfumaram inteiras e foram de lingerie. Os estagiários adoram estes eventos. Ficam falando o tempo inteiro que vão se matar de comer. Pelo jeito são os mais sinceros!

O mais importante é a diferença de motivação. Na noite anterior o Fernambogo retornou ao hotel às 5 horas da manhã, pois estava num puteiro com a alta gerência. O cara vai receber os escravos e os neo-amigos supervisors para um café da manhã com aquela puta ressaca e uma cara de sono infernal.
Mas, enfim, viva o show business! Os supervisors vão falar flores do departamento. Você vai ficar puto, pois sabe que é mentira. Alguns escravos tímidos se apresentarão rapidamente e bem basicamente. Já o junior analist que trabalhou nos EUA 2 anos procurará falar bastante para mostrar quão robusto é seu inglês e, como não poderia deixar de ser, na seção hipócrita do “alguém gostaria de tecer um comentário ou fazer alguma pergunta” o estagiário nerd indagará Fernambogo sobre a atual crise.

Fernambogo está de ressaca, de saco-cheio e louco de vontade de chegar no hotel para dormir umas 15 horas, já que tomou todas e se matou na putaria. Putaria de noite, putaria pela manhã. A diferença é que as putas da noite estavam de fio-dental e blusinha, enquanto que as da manhã estão de terno e gravata o recebendo para um café da manhã corporativo.

No dia seguinte é vindo o grande momento: o dia do pronunciamento do Deus Fernambogo que até então só ouviu. Local: sala de eventos; convidados: todos.

Fernambogo fez um discurso de 5 minutos, na qual, 2 minutos foram sobre a sua estadia no Brasil, outros 2, sobre a superação das filiais africanas em meio a fome e no minuto final, um agradecimento a todos pela recepção.

Este evento foi de fundamental importância ao futuro da empresa. Nada como o CSO no Brasil. Depois deste profundo discurso, certamente foi projetado um grande e SUSTENTÁVEL futuro para a filial na América Latina.

Uma peça circense disfarçada de comitê de negócio, onde o palhaço é você e o picadeiro é o mundo fashion da sua empresa. E não seria palhaço? O mais triste é ver a cara de satisfação e orgulho do seu financial supevisor em receber, para um café-da-manhã, um gringo safado, bêbado e putanheiro.

Enfim, Fernambogo por aqui foi um grande show com atrações corporativas das maiores, incluindo reunião com a alta gerência no Sheraton, almoço com a alta gerência no Vento Haragano, comitê executivo com a alta gerência, jantar regado a caipirinha, putaria de primeira classe, viagem ao Nordeste (com o apelido de “desvendando novos mercados na A Latina”).

Empresas: a zorra total de todos os dias!

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