É impressionante como o mundo corporativo nos transforma em seres totalmente diferentes do que nossa personalidade e inconsciente exigem de nós. Reparem que ações mais simples como tomar um café ou copo de água pode-se tornar uma tarefa das mais desafiadoras dentro das organizações.
Por exemplo, você chega cedo com aquele puta sono e muito mal humorado depois de uma hora de transito devido ao acidente de um carro com um motoboy na marginal pinheiros. Qual a primeira coisa que você pensa depois de ligar o micro?
“– Vou pegar um café enquanto baixo os e-mails.”
Simples? Nem tanto.
Ao se aproximar da máquina você já vê alguém que teve uma idéia parecida com a sua. Você não quer, não faz questão, não precisa, mas algo lá no seu interior te obriga a falar com aquela pessoa que, na maioria das vezes, você não faz a mais pífia idéia de quem é o que ela faz (e vice-versa!!). Afinal, vai que ela é alguém importante dentro da Corporação. Você não que ser passar por arrogante diante de um diretor, ou quer?
Receptivos e com excelente “skill” de trabalho em grupo, como o mundo corporativo exige, ambos vão fingir interesse em conversas do tipo: “e essa bolsa que não pára de cair hein?”, você viu que o Teixeira foi mandado embora porque roubava caixas de caneta?” (alias, esse também é um assunto para o post “Fofocas Corporativas”, mas fica pra outra...), “e o Corinthians hein?”; “o sistema ta lento de novo?”, e por ai vai...
Durante a conversa, em vários momentos você torce pra que alguém mais apareça para puxar assunto com aquele mala e você possa usar o famoso: “bom, deixa eu voltar lá” para retornar a tranqüilidade (?!?!?) do seu cubículo.
Por fim, o estoque de assuntos inúteis acaba e ambos resolvem voltar ao trabalho.
Mas não acaba tão fácil assim. Porque, o mais triste de tudo, é que por mais que você já tenha conversado com aquele desgraçado, pode ser que vocês voltem a se encontrar na máquina de café varias vezes no mesmo dia...e não tem jeito, vocês sempre precisarão conversar DE NOVO!!!
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